A revista “The Economist” e a Kaiser Foundation realizou pesquisa com pessoas em quatro países, Estados Unidos, Japão, Itália e Brasil, sobre questões relacionadas aos cuidados em saúde em situações de terminalidade da vida.
Segundo a pesquisa, para 50% dos brasileiros entrevistados é mais importante estender a vida até o último limite, distintamente, nos EUA, na Itália e no Japão, o percetual foi consideravelmente inferior (entre 9% e 19%) e os cuidados paliativos são prioridade. Por outro lado, no Brasil, se confere menos importância aos cuidados paliativos.
Os pesquisadores apontam que tal distinção se dá em razão da religião, pois, no Brasil, 83% disseram que a religião é o principal fator das decisões relativas a cuidados em situações de terminalidade, enquanto 50% nos Estados Unidos, 46% na Itália e apenas 13% no Japão.
Embora no país ainda haja desconhecimento sobre o que sejam cuidados paliativos – “os cuidados paliativos foram definidos pela Organização Mundial de Saúde em 2002 como uma abordagem ou tratamento que melhora a qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças que ameacem a continuidade da vida. Para tanto, é necessário avaliar e controlar de forma impecável não somente a dor, mas, todos os sintomas de natureza física, social, emocional e espiritual” – é importante que se reconheça o direito do paciente a esses cuidados, ou seja, aqueles que se encontram em situação de terminalidade têm o direito de escolher morrer sem dor, com apoio da familia e sem excessos terapeuticos.